A desconstrução do paradigma do curso de vida moderno passa, segundo Bassit, pelo processo de globalização que, ao encurtar espaços e tempos, possibilitou acesso a culturas de outros povos e, conseqüentemente, a redefinição de identidades. Em outras palavras, no lugar de uma identidade previamente desenhada para uma pessoa em um grupo etário, identidades em movimento para a mesma pessoa, que passa a construir sua própria estória, improvisando a cada novo acontecimento, encontrando caminhos a partir de referências de outros grupos sociais, vivenciando uma experiência personalizada. Referindo-se a Gullette, a autora nos diz que seu trabalho
(...) apresenta experiências personificadas por meio de identidades fragmentadas, bem como indica mudanças sociais, culturais, nas relações entre gênero e na concepção do corpo. Gullette, ao nos convidar à luta pela reconstrução do modelo de envelhecimento da sociedade, também nos indica como a pós-modernidade pode operar a desconstrução dos cursos de vida modernos e também sugerir a construção de cursos de vida pós-modernos (2000, p.231).
As análises sobre as relações entre envelhecimento, curso da vida e experiência personificada nos conduzem a um campo importante de debates sobre as perspectivas para o futuro: como moedas, de um lado, a valorização do jovem/juventude e a repulsa ao declínio do corpo e, de outro, a recusa da morte e o desejo de prolongar a vida.
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